terça-feira, 15 de dezembro de 2009

LUTEMOS PELA FAMÍLIA!


(Uma reflexão para os separados e os casais de segunda união com relação à Sagrada Comunhão Eucarística)

Hoje em dia, temos observado na sociedade de um modo geral uma crescente tendência ao relativismo. O que, por um lado, pode ter flexibilizado e, aparentemente, "humanizado" muitas áreas, por outro, parece querer derrubar certos valores que independem de tempo, maioria, costume, moda ou vontade pessoal. Ética, respeito, amor, verdade, coerência, justiça, honestidade, solidariedade, responsabilidade, etc. são conceitos e atitudes que independem de tempo e lugar. A Igreja se propõe a ser, no mundo, uma voz que ecoa todos esses valores que, nada mais são, do que a mensagem de Cristo. Ela se esforça por ser, em última análise, uma continuadora da missão do Senhor, tornando-se sua porta-voz. Logo, o pensamento da Igreja precisa manter-se sempre fiel a esses valores a-temporais que Jesus pregou. A mensagem de Jesus não pode adaptar-se às nossas vontades; ao contrário, nossa vida é que será mais feliz se seguirmos seus ensinamentos.
Sobre o Matrimônio e a família, especificamente, Jesus afirmou que o homem e a mulher "Já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu." (Mt 19, 6). O compromisso feito no altar para aqueles que desejam receber a benção de Deus, pressupõe a indissolubilidade, ou seja, que aquela união não se dissolverá. E, de fato, ela não se dissolve. Como Jesus repetiu as palavras de Deus (logo após a criação do homem e da mulher: "... serão uma só carne."), o esposo e a esposa são um só ser, pois... ninguém pode se cortar ao meio.
O próprio Filho de Deus cresceu numa família e sabe como é bom e saudável ter sempre por perto pai e mãe que se amam e amam seus filhos, apesar de todas as dificuldades de convivência. O documento Gaudium et Spes (n. 12) destaca: "A família, longe de ser um obstáculo para o desenvolvimento e o crescimento da pessoa, é o âmbito privilegiado para fazer crescer todas as potencialidades pessoais e sociais...".
A Igreja, porém, reconhece e lamenta que há motivos dos mais diversos que podem dolorosamente acabar com um matrimônio. Só quem já passou por isso pode avaliar o que se sente ao ver a família se desmoronar. Na Exortação Apostólica Familiaris Consortio (n. 83/ 84), nosso Papa ensina que a solidão e outras dificuldades são muitas vezes a herança para o cônjuge separado, especialmente se inocente. Para os separados e divorciados que não contraíram uma segunda união, não há qualquer obstáculo para a admissão aos sacramentos, uma vez que tal pessoa é um exemplo de fidelidade e coerência cristãs.
Já para aqueles que contraíram uma segunda união, a Igreja, fiel aos ensinamentos da Sagrada Escritura, não pode admitir a Comunhão Eucarística, uma vez que o casal apresenta condições de vida que contradizem a Palavra de Deus. Como o vínculo contraído no altar é indissolúvel, unir-se a outra pessoa significa estar em adultério para com a primeira.
Neste mesmo trecho da exortação, João Paulo II pede que, as pessoas que se separaram dos cônjuges, não se separem de Deus. Ele os convida a ouvirem a Palavra de Deus, freqüentarem a Missa, perseverarem na oração, incrementarem as obras e iniciativas da Igreja e educarem seus filhos na fé cristã.
A Igreja é nossa mãe e só quer nos acolher. O casal divorciado e em segunda união é família, e Deus ama todas as famílias! Que procurem fazer sempre sua comunhão espiritual com Deus, ofertando a Ele seus sofrimentos e anseios, pois o Senhor está sempre atento às suas orações. Sintam-se muito queridos pela comunidade e por Deus, afinal é d'Ele que nos vem a salvação, o amor, a alegria e a paz!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Casamentos arruinados - Estudo detalha custos do divórcio


Por Padre John Flynn, LC
ROMA, domingo, 28 de junho de 2009 (ZENIT.org)- A separação familiar está causando anarquia social, de acordo com o discurso feito por um juiz inglês, Paul Coleridge, juiz sênior da Divisão de Família para Inglaterra e País de Gales.
Em um discurso de incentivo ao casamento, Coleridge apelou para uma mudança nas atitudes, de modo a barrar a destruição da vida familiar. "O que é uma questão de interesse privado em pequena escala torna-se uma questão de interesse público, quando atinge proporções epidêmicas”, afirmou.
A dimensão pública da quebra do casamento foi o tema de um relatório recente do Instituto de Casamento e Família do Canadá. Intitulado "Escolhas Privadas, Custos Públicos: Quanto uma família desestruturada custa a todos nós”, o Instituto detalhou o impacto econômico do matrimônio fracassado.
O estudo fez uma estimativa do custo da ruptura familiar em relação à despesa pública para o ano fiscal 2005-06. O impacto sobre o orçamento de ajuda às famílias com dificuldades financeiras equivale a aproximadamente 7 bilhões de dólare s Canadenses (US$6,1 bilhões) por ano.
O relatório também destacou como a separação no casamento tem um impacto econômico particularmente prejudicial para as mulheres, levando ao que ele definiu como “feminização da pobreza”.
Embora o estudo tenha se concentrado sobre os custos econômicos da união familiar fracassada, pode-se reconhecer também o mesmo impacto sobre as crianças. O divórcio não é somente ligado à pobreza, mas um grande campo de investigação mostra que as crianças são melhor criadas com a presença dos seus pais, o instituto salientou.
Impacto social
"Quando famílias fracassam, como tantas vezes hoje, cabe a nós, através de agências governamentais e instituições, pagar por esses fracassos”, comentou o relatório.
A desagregação familiar é muito mais do que o divórcio, o estudo apontou. Inclui casais que coabitam, mães solteiras que nunca se casaram ou viveram com os pais de seus bebês.
Alguns afirmam que a estrutura familiar não importa –apontou o relatório. A vida familiar, no entanto, não é apenas uma questão de escolha de quem irá vivê-la. Diante dos dados do impacto econômico de tais decisões, é perfeitamente legal que os governos estejam preocupados com o futuro da vida familiar. Estas escolhas são mais do que apenas um acordo privado, são vitais para parte da sociedade, afirmou o estudo.
Embora programas do governo possam oferecer algum tipo apoio, eles são um fraco substitutivo para uma vida familiar estável. O instituto citou o relatório de 2005 que analisou a situação das pessoas sob o ponto de vista sócio-assistencial, na província de Nova Brunswick.
No estudo, pessoas comentaram sobre a grande perda da auto-estima e o sentimento de desamparo de estarem dependentes da ajuda social. O instituto acrescentou que a ruptura familiar leva ao que tem sido descrito como: dissolução, disfunção e ausência paterna.
O relatório canadense se refere a um estudo publicado em 2007 no Reino Unido, que analisou o problema da pobreza. Em larga escala –assinala o estudo britânico– as tentativas do governo para aliviar a pobreza falharam, a pobreza das pessoas que vivem nas margens da sociedade está, em vez disso, se tornando cada vez maior.
O estudo constatou que a desunião da estrutura familiar tem desempenhado um papel significativo no problema da pobreza no Reino Unido, levando à conclusão de que os casais, em matrimônio, obtêm melhores resultados tanto para as crianças, quanto para os adultos.
O estudo canadense reconhece que famílias intactas também exigem do estado ajuda, através de assistência social. Mas a proporção de pessoas que necessitam dessa assistência é, no entanto, muito inferior a de famílias de pais solteiros.
Impacto sobre as crianças
O Instituto comentou que, quando as leis do divórcio foram liberadas no Canadá, achou-se que o que fosse bom para os pais seria bom para as crianças. Posteriormente, a investigação empírica mostrou que este não foi o caso.
"O fato dos pais serem casados ou não incide nas crianças em muitas escalas sociais, mesmo quando fatores econômicos estão excluídos", afirma o relatório.
Dados sociais, tais como o consumo de droga, resultados acadêmicos, saúde e felicidade s&at ilde;o afetados pela estrutura familiar. Tanto as crianças como os adultos se sentem muito melhor com uma situação estável no casamento.
Infelizmente –prossegue o estudo–, a proporção de famílias com pais casados indiscutivelmente diminuiu, assim como o número de famílias de união amigável e de pais solteiros aumentou. Esta tendência é também prejudicial para a estabilidade econômica, visto que adultos casados tendem a participar mais plenamente na economia e gerar aumento das receitas fiscais.
O Instituto concluiu o relatório com uma lista de recomendações. Elas se estenderam da educação para o casamento em escolas secundárias a tornar disponíveis informações para o público sobre os benefícios do casamento, e os custos do divórcio.
O relatório também apelou para o governo para publicar dados mais claros de quanto é gasto no apoio à coabitação e pais solteiros. Também recomendou a reforma do sistema fiscal para aliviar a despesa dos casais.
Os governos precisam entender a diferença entre o casamento e a coabitação, e eles deveriam promover o casamento por todos os benefícios que ele oferece a mais do que a coabitação –pede o estudo com urgência. Pontos válidos, fundamentados em forte evidência empírica.

Segunda União - Santo Antônio (20/05/12)

Encontro Viúvo(a)s- S. Tiago 20/05/2012

Reunião Casos Especiais 06 fev 2010

Reunião Casos Especiais 07 nov 2009